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Chegando ao fim das resenhas da série “O mochileiro das Galaxias” bem a tempo, creio que vou ficar alguns dias sem postar, pois vou viajar, mas já deixei algumas coisas agendadas para esse período, vou seguir com o desafio literário, e já adianto que será o mês mais produtivo desse desafio, pelo menos por agora no começo, pois são temas que adoro, então é isso...

Livro 4 – Até mais e obrigado pelos peixes!
Autor: Douglas Adams
Páginas: 203
Editora: Sextante

Sinopse: Depois de oito anos vagando pelos mais insondáveis cantos da Galáxia, Arthur Dent está de volta à Terra, e tudo parece estranhamente normal.
Todas as coisas estão em seus devidos lugares – sua casa, seu emprego, seu planeta –, e é justamente por isso que ele começa a desconfiar de que, ou ficou completamente maluco e tudo não passou de uma grande alucinação, ou algo de muito mais estranho do que viagens espaciais a bordo de naves alienígenas poderia estar acontecendo.


Comentários:
O quarto livro da série é quase todo ambientado na terra, sim aquela mesma que outrora fora destruída pelos Vogons e ninguém sabe o que aconteceu, muito menos nós meros leitores.
O livro é voltado para Arthur Dent e seus dramas pessoais, ele conhece uma moça tão esquisita quanto ele e o livro gira em torno dos dois tentando descobrir os mistérios que assolam o universo, essa moça é a mesma que teve uma grande revelação no momento em que a terra estava sendo destruída lá no primeiro livro, ela é Fenchurch, uma francesa que tem nome de estação de trem, juntos eles vivem um breve romance, sim eu disse romance, é o livro não é dos melhores, pois fica muito focado nisso, porém tem bastante humor, mas ficou faltando àquelas viagens interplanetárias que sempre acabavam em cenas cômicas.
“Não. Nada de jogos. Ele a desejava e não dava a mínima se alguém percebesse. Ele a desejava, definitiva e absolutamente, queria estar ao lado dela, adorava-a e tinha tantas coisas que queria fazer com ela que não haveria nomes o suficiente para todas.
Chegou a se surpreender dizendo coisas como “Iupi!” enquanto saltitava ridiculamente pela casa.”
O livro volta com as frases de impacto de vez, muitas delas me fizeram rir bastante, ponto positivo, já que é isso que se espera dessa série, humor!
 "um homem foi pregado num pedaço de madeira por ter dito que seria ótimo se as pessoas fossem legais umas com as outras pra variar"
Ford tem seu trabalho de 15 anos “Reconhecido” pela primeira vez, seu texto completo sobre a terra começa a aparecer no guia depois de uma nova atualização e ele também fica surpreso, porque isso significa que a terra ainda está lá.
Marvin? Porra Douglas Adams, porra meu (recuperando a compostura),
Por quê? Não vou entregar o que acontece, mas quero deixar aqui a minha revolta.
Capítulo 25 é a melhor coisa do livro.
“‘Esse tal de Arthur Dent [...] o que é ele, um homem ou um rato? Será possível que não se interesse por nada além de chá e das questões mais amplas da existência? Não tem vigor? Não tem personalidade? Será que, em outras palavras, ele não trepa?’
Os que querem respostas devem continuar lendo. Outros podem preferir pular direto para o último capítulo, que é bem legal e é onde aparece o Marvin.”
Ah nada de Zaphod e Trilliam o que para eu foi um erro do autor, Zaphod era essencial para a série.
 ”Mas essa história de adorar coisas até o último pedacinho muitas vezes era justamente o problema: quando a pessoa ama, muitas vezes a pessoa machuca a pessoa que a pessoa ama... Outro problema é que, quando entravam no clima, muitas vezes iam em frente e machucavam bastante muitas pessoas que outras pessoas amavam também."
Bom eu não tenho muito mais o que falar do livro sem revelar muito da história, então é isso.

Livro 5 – Praticamente inofensiva
Autor: Douglas Adams
Páginas: 156
Editora: Sextante

Sinopse: Situações hilárias, personagens imprevisíveis, descrições poéticas e paisagens surrealistas se mesclam com perfeição, resultando numa trama cheia de suspense, comédia e filosofia. Depois de muitos anos, Arthur Dent, Tricia McMillian e Ford Prefect se reencontram. Mas o que deveria ser uma festejada reunião de velhos amigos se transforma numa terrível confusão que põe em risco a vida de todos.

Comentários:
Bom, eis que chegamos ao fim da série, Douglas Adams demorou 13 anos para continuar a série e escrever “Praticamente inofensiva” e por isso o livro tem um ar de desespero, um ar de “vamos acabar logo com isso”, o livro é ótimo, maravilhoso, porém surpreende muito, eu vou tentar não falar muito do que acontece pois é necessário a surpresa dos fatos.
Douglas pirou completamente nesse livro e acho que toda sua loucura se reflet em Ford Prefect que está completamente pirado e conseguindo assim as maiores improbabilidades de toda a série, da para se divertir muito com as maluquices do alienígena.

“– Para cima!
Continuavam parados no mesmo lugar.
– Sobe, sobe, sobe! – Uma lesma estava se preparando para lançar um foguete contra ele. Ford mal podia acreditar. Estava pendurado no ar por uma toalha, com uma lesma se preparando para lançar foguetes sobre ele. Suas possíveis alternativas estavam se esgotando e começou a ficar seriamente assustado.”

Apesar de explicar tudo nesse livro, Douglas deixou algumas lacunas, o que me deixou bastante digamos que irritada, você entende o que aconteceu com a terra e tudo o mais, mas percebe que ele deu uma resumida boa nos fatos e tudo se explica apenas bem no final, ou seja você está lá, faltando pouco mais de 30 páginas para finalizar e ainda não sabe o que aconteceu e o que vai acontecer, mas tudo se explica no final, acreditem.
Descobrimos que o Guia do mochileiro das galáxias é fator importante para conseguir as respostas sobre tudo que aconteceu e quem vai descobrindo isso é Ford, ele que vai juntando as peças do quebra cabeça da forma mais louca possível e conseguindo descobrir o que aconteceu...
Arthur volta para uma dimensão onde a terra não existe, se perde de Fenchurch e volta a busca de um planeta para chamar de seu, e quando ele enfim depois de um acidente em uma nave cujo ele viajava procurando um planeta para habitar ele encontra  Lamuella um planetinha pouco desenvolvido onde ele vira o fazer de sanduiches, (sanduiches feito de besta perfeitamente normal) e está bem, feliz e sossegado, sua vida vira uma bagunça novamente, Trilliam reaparece e joga uma verdadeira bomba em suas mãos, só não posso contar o que é...
Até Elvis Presley aparece na trama, depois de Thor nada melhor do que coloca o rei do rock na trama não acham? Ah e o paradeiro do rei é revelado.
Tricia e Trillian McMillan as duas personalidades se encontram nesse vai e vem de passado e futuro, de dimensões diferentes e deixa qualquer um maluco, acrescento que uma nova personagem aparece na trama e me deixou de boca aberta, Zophod e Marvin não aparecem no livro para a tristeza de todos.
O final do livro me surpreendeu e muito, eu não esperava um desfecho desses para os “heróis das galáxias”, mas foi bom, resolveu tudo e chegou ao fim dessa série que já estava pedindo um fim, a trilogia de cinco vale sim a pena ser lida, eu gostei muito de ter chegado ao fim e assim também ter completado meu desafio, espero que tenham gostado.


Festa No Covil
Autor: Juan Pablo Villalobos
Tradução: Andreia Moroni
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 88

Sinopse: Tochtli é um pequeno príncipe herdeiro do narcotráfico mexicano. Fechado numa fortaleza no meio do nada, engana a solidão colecionando chapéus e palavras exóticas. Ele também tem uma ideia fixa: completar seu minizoológico com hipopótamos anões da Libéria e é bem capaz de conseguir que o rei, Yolcault, atenda seu desejo. Involuntariamente assustador e hilário em sua cândida crueldade, Tochtli relata sua própria educação sentimental, mostrando o coração do crime para além do bem e do mal. Nas ingênuas e disparatadas especulações desse improvisado detetive-antropólogo, atravessadas por suas fantasias e caprichos infantis, revela-se um quadro sinistro e doce como uma caveira de açúcar.

“Os cultos sabem muitas coisas dos livros, mas não sabem nada da vida.”                                                  

Um cenário de narcotráfico, assassinatos cruéis e tráfico de animais, cenário perfeito para uma história policial, claro, se isso não fosse narrado por uma criança...
                              
Sórdido, nefasto, pulcro e fulminante, essas são as palavras difíceis preferidas de Tochtli (Apesar de muitas vezes ele não as empregar de forma correta), o narrador dessa pequena e maravilhosa história, o jovenzinho que coleciona chapéus e tudo que mais quer no momento são hipopótamos anões da Libéria.

Tochtli como todos dizem é uma criança precoce, (sua idade não é revelada, mas presumo ser algo entre 8 e 10 anos) mas de qualquer forma uma criança e sua visão não deixa de ser como a visão de uma criança, uma visão lúdica, ele descreve tudo que se passa a sua volta de forma como se fosse maravilhoso, ele inclusive acredita que vive em um palácio.

Seu pai Yolcaut não o permite que ele o chame de pai, imagino ser uma forma de proteção e nessa tentativa de protege-lo e o transforma-lo em um homem forte e possivelmente liderar o tráfico em seu lugar no futuro, acabou tornando Tochtli em uma criança cheia de ideias erradas que acabam chocando, a criança acabou criando fixação em coisas absurdas como em mortes por decapitação , guilhotinas, samurais e chapéus, o menino tem contato direto com mortes dentro de sua própria casa e por isso julga seu lar como não sendo pulcro, a casa na verdade é uma espécie de forte no meio do nada, super protegida, inclusive tem animais selvagens presos no jardim e devoram restos dos inimigos de seu pai e o menino tem contato com tudo isso, mas ao mesmo tempo ele vê os bichos como animais de estimação e quer inclusive acrescentar hipopótamos anões da Libéria nesse incrível zoológico particular, ele acredita que vão ajudar no serviço de jardinagem uma vez que adoram devorar plantas daninhas.

É notável que Tochtli tenha uma mente perturbada, que ele tem problemas psicológicos, sua dores de barriga inexplicáveis, seu mudo seletivo inspirado no samurai de um filme que ele assistiu e nas pessoas que passam pela sua casa e não dirige uma palavra sequer a ele, inclusive a possível namorada do pai, que só come saladas e nada diz o tempo todo que está por lá, sua aversão a cabelos o leva a ser careca pois ele não acha bom carregar uma parte morta do corpo junto a si, ele é tão paranoico com os cortes de cabelo que chega a irritar Yolcaut.

Tochtli está acostumado a ter tudo que quer, basta fazer uma lista e um dos empregados do pai saia rua e compra, ou manda vir de algum lugar, basta ele desejar, que ele tem, o menino também costuma receber presentes quando está triste ou chateado, basta ficar descontente que vem mais chapéus para sua coleção, o que nota se é que ele está tão acostumado a ter tudo e assim ele sente a necessidade de cada dia desejar coisas mais difíceis como os hipopótamos e o sabre japonês. Um belo dia seu pai tendo de fugir de possíveis investigações policiais e etc, resolve que vão fazer uma viagem fora do país e deixa o menino escolher o destino e mais que depressa ele escolhe a Libéria para assim poder caçar seu novo desejo... Soa como se ele estivesse testando o amor do pai, querendo saber se o pai realmente lhe daria tudo.

Imaginem uma criança descrevendo um cadáver, isso já soa chocante, mas pior seria essa criança descrevendo  cadáveres naturalmente e descrevendo a forma como se “produz” esses cadáveres, Tochtli tem uma visão tão deturpada do certo e errado que para ele, falar essas coisas é completamente normal.
“Na verdade existem muitos jeitos de fazer cadáveres, mas os mais usados são com os orifícios.”
“– Um tiro no coração.
- Cadáver.
- Trinta tiros na unha do dedo mindinho do pé esquerdo.
- Vivo.
- Três tiros no pâncreas.
- Diagnóstico reservado.”
Apesar de toda essa podridão que já invadiu a mente e o coração de Tochtli, é também perceptível uma sensibilidade que ainda insiste em existir dentro dele e que uma criança pequena ainda habita seu corpo...
“... Também fiz xixi nas calças. Eu gritava tanto como se fosse um hipopótamo anão da Libéria querendo que quem me escutasse preferisse morrer para não ter que me escutar.”
Você percebe que apesar de toda frieza existe uma criança carente de carinho  e de atenção e as formas que ele arruma para chamar atenção são um tanto quanto estranhas,  a coisa mais normal de criança que ele faz no livro todo é ficar dias vestido com seu roupão e dizendo ser um samurai...
Tochtli tem um professor particular, um culto e idealista, cheio de discursos que passa suas ideias ao menino, deixando assim sua cabeça mais confusa ainda.

Eu adorei o livro, achei muito interessante essa história toda narrada por uma criança, a mensagem que passa é que a convivência direta com alguma coisa acaba nos tornando insensível a tal coisa, mesmo que seja a violência, se visto de perto e com frequência, acaba não mais chocando e isso com certeza não é algo bom, principalmente quando se é uma criança pequena como Tochtli e quando seu caráter ainda está sendo moldado.

Tochtli tem uma necessidade de parecer “macho” o tempo todo, de não parecer um “maricas” como ele mesmo diz, e isso o torna uma criança reprimida e cheia de preconceitos, a falta de um carinho materno contribui muito, ele não é mais capaz de distinguir uma gentileza quando alguém a faz, tanto que se desfaz de um brinquedinho que ganha de outra criança, apenas por não ser algo de marca e bem feito.
“É que a música na verdade trata de ser macho. Ás vezes os machos não tem medo, e por isso são machos. Mas às vezes os machos não têm nada e continuam sendo reis, porque são machos.”
"Teoricamente, se você não tem mãe deve chorar muito, litros e litros de lágrimas, umas dez ou doze vezes por dia. Mas eu não choro, porque quem chora é dos maricas. Quando fico triste, o Yocault diz para eu não chorar, ele fala assim:
-Segura Tochtli, segura como um macho."
O fato de o livro ser todo narrado por uma criança dificulta no entendimento dos acontecimentos em volta dele, você fica só desconfiando que seja algo relacionado ao pai traficante, como as mortes que passam na TV, o menino fala daquilo inocentemente, mas em algum momento você percebe pelos comentários do pai, que sim, Yolcaut tem algo a ver com aquilo, mas isso não se torna uma certeza, são esses detalhes que tornam o livro bastante interessante.

O livro é bem pequeno, é uma leitura rápida, daquela que prende, trata se da dualidade, do fantasioso e inocente e do cruel a maldoso, eu finalizei em poucas horas, mas posso dizer que foi um dos melhores livros que li desde o final do ano passado e o começo desse, eu recomendo com certeza.

Uma das capas mais bonitas que já vi, logo quando vi em um blog eu me apaixonei e decidi que queria esse livro, ganhei de presente do namorado e o livro faz jus a bela capa e eu adoro a cultura mexicana e sempre tive fixação em caveiras mexicanas, foi então que resolvi pesquisar sobre a arte da capa e achei um texto bem legal, se alguém se interessar só clicar aqui.


Dando continuidade a série e deixando a preguiça de lado hoje a resenha dos livros 2 O Restaurante no Fim do Universo e o 3 A Vida, o Universo e Tudo Mais.

Livro2 - O restaurante no fim do universo


Autor: Douglas Adams
Editora: Sextante
Lançamento: 2004
Páginas: 176

Sinopse: O que você pretende fazer quando chegar ao Restaurante do Fim do Universo? Devorar o suculento bife de um boi que se oferece como jantar ou apenas se embriagar com a poderosa Dinamite Pangaláctica, assistindo de camarote ao momento em que tudo se acaba numa explosão fatal? A continuação das incríveis aventuras de Arthur Dent e seus quatro amigos através da galáxia começa a bordo da nave Coração de Ouro, rumo ao restaurante mais próximo. Mal sabem eles que farão uma viagem no tempo, cujo desfecho será simplesmente incrível. O segundo livro da série de Douglas Adams, que começou com o surpreendente "O Guia do Mochileiro das Galáxias", mostra os cinco amigos vivendo as mais inesperadas confusões numa história cheia de sátira, ironia e bom humor. Com seu estilo inteligente e sagaz, Douglas Adams prende o leitor a cada página numa maravilhosa aventura de ficção científica combinada ao mais fino humor britânico, que conquistou fãs no mundo inteiro. Uma verdadeira viagem, em qualquer um dos mais improváveis sentidos.

Comentários:
Esse é o segundo livro da série e também tem 5 anos que eu li...
Como todo bom inglês, tudo o que Arthur Dent mais quer é um pouco de chá, mas tudo que ele consegue é apenas um liquido insosso que não lhe agrada em nada, insistente ele faz com que a máquina continue a procurar o chá perfeito, fazendo assim com que todo o sistema da máquina desligue Grande Arthur, como todo bom terrestre, seus desejos acima de qualquer coisa, o que importa se a nave está prestes a ser bombardeada por Vogons raivosos? Sim vogons, aqueles mesmo que destruíram a terra...
Esse foi um livro que gostei muito, muito sarcástico e engraçado, continuam com as frases de efeito que eu gosto muito, os personagens continuam os mesmos, Ford ainda o mais engraçado e causador de situações improváveis.
"Resumindo: É um fato bem conhecido que todos que querem governar as outras pessoas são, por isso mesmo, os menos indicados para isso."
É um pouco complicado falar do livro sem soltar muitos spoilers, por isso não tenho mais muito o que falar do livro, o autor continua com a escrita ótima, muito inteligente, o livro é rápido porém a linguagem as vezes causa certa confusão e é preciso reler para entender bem o que ele quis dizer, mas nada muito complicado, um livro muito bom.
"Esse Deus põe uma macieira no meio de um jardim e diz "vocês façam o que vocês quiserem, ah, mas não comam a maçã". Surpresa, surpresa, eles comem e ele pula de trás de uma moita gritando "Peguei vocês!”
O livro faz a humanidade parecer  completamente retardada...
Marvin aparece bastante e as aparições dele são as melhores , as confusões das duas cabeças de Zaphod deixa tudo mais engraçado ainda.
E o restaurante no fim do universo, um bom convite ao vegetarianismo, sua comida se apresentando a você antes de ser servida, maravilhoso não acham?
Bom sem mais o que dizer, vamos a próxima...

Livro 3 - A vida, o universo e tudo mais



Autor: Douglas Adams
Editora: Sextante
Ano de Lançamento: 2010
Páginas: 160

Sinopse: Arthur Dent ficou cinco anos abandonado na Terra Pré-Histórica. Mesmo depois de tanto tempo, ele ainda acordava todas as manhãs com um grito de horror por estar preso àquela monótona e assustadora rotina. Talvez Arthur até preferisse continuar isolado em sua caverna escura, úmida e fedorenta a encarar a próxima aventura para a qual seria forçosamente arrastado: salvar o Universo dos temíveis robôs xenófobos do planeta Krikkit.

Comentários:
Esse eu li mais recentemente, bom, pelo menos a metade dele, eu não tenho muito que falar do livro que achei o pior da série, confuso e sem muito humor, foi um livro um pouco difícil de ler.
Arthur fica cinco anos preso no planeta terra pré-históricos, até que da maneira mais improvável, Ford aparece para resgata-lo, os dois saem do planeta a bordo de um sofá, sim um desses sofás vermelhos comuns, pegando carona no sofá eles seguem para outra época, para dois dias antes do fim do planeta terra, lá eles encontram Slartibartfast que os arrasta consigo na nova missão de salvar o universo...
Então começa a confusão, o planeta xenofóbico Krikkit, que havia sido vedado, pois insistiam na ideia de extinguir todo o restante do universo sendo assim só existiriam eles no universo todo, estava mais uma vez tentando extinguir o universo, alguns robôs que haviam ficado em uma nave fora do planeta, precisavam juntar peças para formarem a chave que daria inicio a destruição do universo.
O meio do livro apesar de muita enrolação ficou sem um história fixa e pouco coerente, parecia que estava querendo apenas estender a trama, o final melhora, mas tudo é explicado de forma rápida o que deixa muita coisa sem entender.
Faltou humor, faltou as frases reflexivas, enfim não gostei muito desse livro, mas para entender a série toda, ele é necessário.

Em breve a última parte!




Aproveitando que fevereiro é o mês dos livros infanto-juvenis do desafio literário, eu terminei de ler minha coleção “O mochileiro das galáxias”, faltavam apenas dois livros e meio e eu li nessa semana, mas como eu não tinha feita resenha dos outros dois primeiros eu decidi ir fazendo as resenhas a partir de agora mesmo, na verdade serão comentários do que eu lembro, mesmo porque não tem como falar apenas do que eu li nessa semana, sem falar dos primeiros, como esse post ficaria enorme eu resolvi então que vou dividir tudo em três partes.
Eu não concordo muito com essa classificação que dão aos livros, para eu, eles não são lá muito juvenis, talvez os dois primeiros sim, já os últimos mudam bastante a linguagem, mas são classificados assim e eu não consegui nenhum outro livro na temática, então vou completar o desafio com esses mesmo, lá vai:


Livro 1 – O guia do mochileiro das Galáxias
           (Volume 1 da trilogia de cinco)


Autor: Douglas Adams
Edição: 1
Editora: Sextante
ISBN: 9788599296943
Ano: 2010
Páginas: 204
Tradutor: Paulo Fernando Henriques Britto, Carlos Irineu da Costa
Sinopse: Arthur Dent tem sua casa e seu planeta (sim, a Terra) destruídos em um mesmo dia, e parte pela galáxia com seu amigo Ford, que acaba de revelar que na verdade nasceu em um pequeno planeta perto de Betelgeuse.
Considerado um dos maiores clássicos da literatura de ficção científica, este livro vem encantando gerações de leitores ao redor do mundo com seu humor afiado. Este é o primeiro título da famosa série escrita por Douglas Adams, que conta as aventuras espaciais do inglês Arthur Dent e de seu amigo Ford Prefect. A dupla escapa da destruição da Terra pegando carona numa nave alienígena, graças aos conhecimentos de Prefect, um E.T. que vivia disfarçado de ator desempregado enquanto fazia pesquisa de campo para a nova edição do Guia do Mochileiro das Galáxias, o melhor guia de viagens interplanetário. Mestre da sátira, Douglas Adams cria personagens inesquecíveis e situações mirabolantes para debochar da burocracia, dos políticos, da “alta cultura” e de diversas instituições atuais. Seu livro, que trata em última instância da busca do sentido da vida, não só diverte como também faz pensar.


Comentários:


Don't Panic 
Eu vou lembrar-me de tudo, mas deve ter uns cinco anos que li o primeiro livro e é nessas horas que eu me agradeço por sempre marcar as páginas com as minhas citações preferidas...
“A resposta á grande questão sobre a vida, o universo e tudo mais é: 42.”
Imagine que além de não estarmos sozinho no universo, ele é rodeado por planetas estranhos, por civilizações avançadas tecnologicamente, mas completamente piradas, Arthur Dent um inglês que não só descobre tudo isso, como passa a fazer parte desse universo maluco... Ele estava apenas preocupado em evitar a demolição de sua casa e nem se quer imaginava que o seu planeta estava preste a ser demolido... Ao escapar da demolição do planeta terra com a ajuda de Ford Prefect um alienígena completamente pirado que vivia há 15 anos na terra, disfarçado de ator desempregado, (em minha opinião é o segundo melhor personagem da história toda, só perde para o Robô Marvin, mas calma que eu já chego nele). Os dois passam a viver as maiores aventuras soltos no espaço, encontram se com Zaphod Beeblebrox outro alienígena bem peculiar que possui duas cabeças, ambas com a memórias bloqueada sabe se lá porque, Beeblebrox é um semi primo de Ford, junto com ele encontra se Trillian, outra terráquea que junto de Zaphod roubaram a nave Coração de Ouro que tem um poderoso gerador de improbabilidade, A Zaphod tambem costumava ser o presidente da Galáxia.


"O presidente, em particular, é simplesmente uma figura pública: não detém nenhum poder. Ele é aparentemente escolhido pelo governo, mas as qualidades que ele deve exibir nada têm a ver com liderança,ele deve é possuir um sutil talento para provocar indignação. Por esse motivo, o presidente é sempre uma figura polêmica, sempre uma personalidade irritante, porém fascinante ao mesmo tempo. Não cabe a ele exercer o poder, e sim desviar a atenção do poder. Com base nesses critérios, Zaphod Beeblebrox é um dos melhores presidentes que a Galáxia já teve."


Esse primeiro livro é cheio de frases de efeito, de trechos que nos fazem pensar e percebe que por trás de toda piada e sarcasmo tem algo que realmente faz sentido, metáforas sobre a vida.
"Muito além dos confins inexplorados da região mais brega da Borda Ocidental desta Galáxia, há um pequeno sol amarelo e esquecido. Girando em torno deste sol, a uma distância de cerca de 148 milhões de quilômetros, há um planetinha verde-azulado absolutamente insignificante, cujas formas de vida, descendentes de primatas, são tão extraordinariamente primitivas que ainda acham que relógios digitais ainda são uma grande ideia". 
"...Um número cada vez maior de pessoas acreditava que havia sido um erro terrível da espécie descer das árvores. Algumas diziam que até mesmo subir nas árvores tinha sido uma péssima idéia, e que ninguém jamais deveria ter saído do mar." 

E não devemos nunca se esquecer de que o item mais importante de se ter em uma mochila é a toalha, aprendemos no livro que esse simples item pode servir de agasalho para longas caminhadas no frio, objeto de defesa uma vez que umedecida, esteiras para curtir a brisa marítima, dentre várias outras coisas, Ford ensina isso a Arthur em várias situações, Ford trabalha para o Guia do mochileiro das Galáxias, tecendo comentários dos lugares que ele visita no universo, Ford tem o talento incrível de se meter em situações improváveis, o que torna a saga toda muito divertida.
O guia nada mais é que um Guia de viagens bem elaborado aonde vem estampado na capa a frase “Não entre em pânico”, nele contem informações de basicamente todos os lugares do universo, lugares recomendados para visitar em cada planeta e por ai vai.
"Ah, a vida – disse Marvin. Lúgubre.  Pode-se Odiá-la ou ignorá-la mas é impossível gostar dela”
Marvin o robozinho depressivo que está sempre soltando as melhores frases, sobre a vida o universo e tudo mais, sempre carregadas de mau humor e sarcasmo, o melhor de tudo que sempre acaba sendo muito engraçada toda essa depressão do pobre robozinho.
"Há uma teoria que indica que sempre que qualquer um descobrir exatamente o que, para que e porque o universo está aqui, o mesmo desaparecerá e será substituído imediatamente por algo ainda mais bizarro e inexplicável... Há uma outra teoria que indica que isto já aconteceu."
O livro é o melhor da série toda, eu poderia ficar aqui horas falando sobre ele, mas acabaria soltando muitos spoiler e no fim não diria nada de concreto, porque a escrita de Douglas Adam deixa qualquer um maluco, não que isso seja ruim, é muito divertido, mas eu já percebi que é praticamente impossível falar sobre o Guia com alguém, você vai acabar parecendo bobo, o escritor consegue começar contar a história do meio para o começo e depois voltando ao meio e chegando ao fim te deixa com cara de “WTF, como ele faz isso?” mas vale muito a pena, é um livro que você consegue ler em um dia no máximo dois e com certeza vai rir muito.





Eu estava pensando no que ler, fucei alguns blogs e não achei quase nada que me despertasse interesse, não que não tivessem coisas boas, tinham sim, mas eu ando numa fase de ressaca literária, então resolvi me desafiar, eu decidi que vou ler best sellers, eu sempre fugi deles, porque sempre que arrisquei a ler alguns títulos que estavam ou fizeram muito sucesso eu me decepcionava, salvo algumas exceções, então hoje eu decidi que vou deixar o preconceito de lado e separei alguns que quero ler, peguei os bem pops mesmo e coloquei na lista, vou coloca-los aqui, mas provavelmente não lerei todos e nem na ordem que estão aqui, mas ai vai:

A menina que roubava livros -  Markus Zusak
O caçador de pipas - Khaled Hosseini
O menino do pijama listrado - John Boyne
Orgulho e preconceito – Jane Austen

Por enquanto são apenas esses que eu resolvi ler, na verdade me fugiram os outros da cabeça, se alguém quiser me recomendar mais algum, eu ficarei bem feliz.



Autora: Haley Tanner
Editora: 
Íntriseca
Número de Páginas: 272

Sinopse: Vaclav e Lena parecem destinados um ao outro. Eles se encontram pela primeira vez aos 6 anos, numa aula de inglês para imigrantes em Brighton Beach, no Brooklyn. Vaclav é precoce e falante. Lena, com dificuldade no idioma, refugia-se na segurança de sua adoração por ela. Ele imagina a história dos dois se desenrolando como em um conto de fadas. No entanto, uma das muitas verdades a serem descobertas nessa extraordinária obra de estreia de Haley Tanner é que "felizes para sempre" nunca é um desfecho garantido.
Um dia, Lena não vai à escola. Desaparece da vida de Vaclav e da família dele como num cruel truque de mágica. Durante os sete anos seguintes, Vaclav deseja boa-noite a Lena todos os dias, perguntando-se se ela faz o mesmo onde quer que esteja. No dia do aniversário de 17 anos de Lena, ele finalmente descobre o que aconteceu.
Haley Tanner tem a originalidade e a verve de uma contadora de histórias nata, e também a ousadia de imaginar um mundo em que o amor pode superar as circunstâncias mais difíceis. Em Vaclav & Lena, a autora dá vida a dois inesquecíveis jovens protagonistas que evocam a alegria, a perplexidade e a paixão de se ter uma profunda e duradoura ligação com outra pessoa.


Duas crianças Russas, que se conhece nos Estados Unidos, ele mora com os pais e veio da Rússia, bem pequeno, pois sua mãe dedicada sonhava com isso há anos, sonhava em lhe dar uma vida melhor na América e com muito esforço, aprendendo inglês sozinha e ensinando ao filho, conseguem juntos ao pai partirem para os EUA, ela uma menina que não sabe ao certo sobre seus pais, não sabem se nasceu na Rússia ou nos EUA e nem o porque os pais a abandonaram, criada parte por uma velha que não tinha muito carinho por ela e parte pela tia streeper que não demonstra nenhuma simpatia pela sobrinha que tem dificuldade em aprender a língua inglesa pelo fato de só se comunicar em Russo nos primeiros anos de sua vida.
De principio achei que Vaclav e Lena era um típico romance adolescente, daqueles que o casal se conhece na infância e se reencontra alguns anos depois quando adolescentes e se descobrem apaixonados, apesar de ter um pouco disso, o livro surpreende com algumas reviravoltas.
Vaclav e Lena é narrado na terceira pessoa com aquele ar de contos de fadas que o torna bem interessante...

“Treze anos não é muito tempo para se viver num país; é muito pouco tempo para se viver num país. Entretanto, pode ser um tempo enorme sob outros aspectos. Treze anos é um tempo enorme para estar longe de seu velho país, de sua pátria. Até um ano é um tempo enorme para ficar longe de alguém e ainda pensar naquela pessoa todo dia. Faz sete anos que Lena se foi e Vaclav ainda sente falta dela, todo dia.'' 
Acho muito bonita a cumplicidade que eles têm no começo do livro, quando ainda crianças, tudo tão inocente e simples, Vaclav que nem sequer percebe que está apaixonado por Lena, faz as coisas para ter ela por perto e nem sabe o porque que faz, apenas faz por que é assim que tem que ser...
“... Sem ao menos comentarem o assunto, eles sabiam que iriam manter a ida ao espetáculo em segredo. A gente sabe se uma coisa deve ser secreta quando fica muito próxima do nosso interior, do modo que caso a gente conte e alguém diga uma coisa ruim sobre aquilo, ou, pior, se alguém ri daquilo, então a gente fica muito magoado...”
O livro começa bem detalhado e até um pouco cansativo com toda aquela história de ser mágico do menino Vaclav que não deu em nada, ele continua sonhando com aquilo depois de adolescente mas é algo que não assume tamanha importância para ocupar tanto espaço no livro, depois do meio para o fim melhora bastante mas fica aquela impressão de que foi escrito as pressas, querendo que terminasse logo e isso faz com que fique com alguns buracos, eu sou muito apegada a detalhes e gosto quando eles fazem alguma diferença na história, no livro tiveram alguns detalhes soltos que ficaram sem explicações, tais como: Como foi a adoção de Lena? Por que Emily a quis? E o tal do namorado de Emily que chamava Lena de Franny, personagem do livro Franny & Zoey, e Rayan a namorada de Vaclav que ele não deu nenhuma explicação a ela, eu tinha gostado da personagem, mas da mesma forma que ela aparece, ela some, assim do nada.
Gostei muito da Rasia, mãe de Vaclav, em minha opinião é a melhor personagem, típica mãe rígida e ainda mantendo alguns costumes de sua antiga pátria Russa, tentando o tempo todo se acostumar à cultura americana e se esforçando para parecer um pouco mais com as mães de seu novo país, achei tão linda a forma como ela tinha um carinho por Lena, como se importava e de certa forma salvou a vida da menina. Dando lhe outra chance de ser feliz.
“... Rasia se certifica mais uma vez de que tem o direito de amar Lena tanto quanto ama, que é muito...”
O retorno de Lena na história me surpreendeu, eu esperava que fosse ter uma procura maior da parte de Vaclav que a desejava boa noite sempre antes de dormir...
"Claro que estavam um com o outro o tempo todo. Mesmo quando não estavam olhando, nunca precisaram verificar. Ela estava sempre lá; ele estava sempre lá. Fora do quarto dela, em algum lugar no escuro, como a lua."
...Mas partiu dela o interesse em reencontra-lo. Gostei muito do que aconteceu com ela, estava com medo de me deparar com um final trágico para a menina que tanto sofreu, porém faltou mais espaço para ela na história, o livro ficou muito focado em Vaclav, deveria ter mais detalhes da vida nova dela. O final ficou muito a desejar, foi mais um daqueles livros que quando acaba eu fico “WTF é isso mesmo?”.
Apesar de tudo eu gostei de ter lido Vaclav e Lena, é uma história delicada que faz lembrar da infância, das coisas bobas que imaginamos e desejamos, dos planos, como já disse, a cumplicidade dos dois é tocante, o sentimento inexplicável e puro de certa forma emociona e são essas coisas que fazem a leitura valer a pena, é um livro rápido então ninguém perde tempo lendo.
"... É amigo dela desde que tinha 6 anos, portanto, é claro que brigam um com o outro. Quando existe alguém que é seu destino, alguém que você ama muito mais do que qualquer um, às vezes você implica com essa pessoa e tem vontade de magoa-la. Brigar é algo que acontece quando existe alguém que é a única pessoa que você tem no mundo, alguém que você não escolheu..."